quarta-feira, 18 de abril de 2012

A Escolha do vestido de noiva.


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Coloquei algumas referências de vestidos de noiva no blog e sei que muitas leitoras fazem o dever de casa certinho: salvar as fotos em pastas no computador em casa! A pesquisa é, sem dúvida, a primeira etapa na busca pelo vestido perfeito.
Mas das imagens de referência à escolha do próprio vestido, muitas vezes há um longo caminho. É possível gostar de um milhão de modelos diferentes! Por isso, muitas meninas ficam naquela dúvida cruel: como escolher o vestido de noiva?
De maneira simplificada, há 3 aspectos que devem ser levados em consideração:

# LOCAL: Para se ter aquela harmonia estética total do casamento, o vestido deve combinar com o local do evento. O casamento é na praia? Isso pede tecidos fluídos, com movimento (mousseline, tule de seda e renda, se for em um modelo que a deixa com movimento). Não é à toa que vestido de saia volumosa chama-se ball gown em inglês, ou seja, vestido de baile, porque é um modelo apropriado para casamentos em salões (“salão” é um termo antigo, mas é só para vocês visualizarem a cena). Enquanto uma catedral pede um modelo com certa “importância”, uma capelinha combina com vestidos despojados, sem volume, até mesmo aqueles que chamamos de “camisolinhas” .

# ESTILO: O estilo na verdade é subdividido em 3 pontos: o estilo da noiva (como pessoa, no dia-a-dia), o estilo do casamento (definido pela decoração) e o nível de formalidade do evento. Se a gente parte do pressuposto que o casamento deve ter a cara dos noivos, então esses 3 pontos conversam entre si, certo? Um casal que aprecia formalidades, pode ser um casal que queira um casamento bem clássico, com cerimônia na igreja, jantar à francesa… e a noiva provavelmente não usará um vestido muito sensual (com decotes e corte sereia). Você é uma noiva que adora moda, super antenada nas tendências, sempre gosta de surpreender com looks diferentes, etc? Então o modelo que combina com você deve ter alguma “informação de moda”. O seu casamento será bem no estilo rústico-chic? Pode descartar modelos inteiramente bordados de cristais swarovski, né? E assim por diante…

# CORPO: Talvez o mais difícil – e também mais importante – dos aspectos. É tão fácil achar um vestido bonito em uma modelo de 1,80m + 15cm de salto + 50kg! É triste, é cruel, mas o que vemos nelas não é o que veremos na gente! Em alta-costura, 1cm faz TODA a diferença e senso de proporção é a chave para uma roupa de corte impecável! E saber valorizar o que se tem de bom (e, se preciso, esconder o que não for tão bom assim) é o segredo para o vestido de noiva ficar lindo! Uma boa dica é provar modelos variados, pois só no corpo você saberá que tipo de decote te favorece, qual corte de saia te deixa mais bonita… Você quer alongar a silhueta? O mais indicado é: corte abaixo do busto e pouco volume. Quer disfarçar o quadril? Esqueça modelos sereia e aposte na saia évasé ou até saia com bastante volume. Quer alongar os ombros? Neste caso, decote ombro-a-ombro é mais indicado que tomara-que-caia.

Pense nesses 3 aspectos e passe uma peneira na sua pasta de referências. Com isso em mente, você terá um outro olhar quando fizer suas visitas às lojas e aos estilistas. É claro que a opinião dosexperts, de quem trabalha com isso, ajuda muito, porque eles entendem dos detalhes, dos tecidos adequados para cada modelo, etc. Mas é bom você ter sua própria opinião, porque só você sabe exatamente o que está pensando para o seu casamento. Ainda que o modelo de vestido de noiva escolhido seja algo completamente diferente daqueles que você havia pesquisado, os 3 aspectos citados acima sempre devem ser considerados!



A história do vestido está ligada à própria origem do casamento, que surgiu com o objetivo de legalizar uma unidade familiar, seja para a legitimação dos filhos e da herança, o estabelecimento de alianças entre famílias e clãs ou a reunião e troca de bens e riquezas. Por isso, esqueça a visão romântica. Vale lembrar que em alguns povos o casamento era um ato mais comercial que de amor. Durante muito tempo, e por sua importância socioeconômica, foi considerado impróprio deixar os corações falarem mais alto.
A cerimônia do noivado também era frequentemente celebrada com uma solenidade comparável à do casamento e o contrato especificava detalhadamente os deveres e responsabilidades das partes. Em muitas culturas era firmado não entre os noivos, mas entre os pais, que respondiam por seus filhos ainda pequenos ou nem mesmo nascidos. Esse costume perdura ainda hoje entre alguns povos, como acontece na Índia. 
Já o vestido de noiva tem uma história bem recente.
De início, as cores eram variadas, contanto que os vestidos fossem suntuosos, luxuosos. Até porque o casamento era visto como um arranjo comercial e o vestido da noiva servia justamente para mostrar à sociedade que as famílias tinham posses. “Os vestidos podiam ser de qualquer cor, inclusive muito se usou vermelho em épocas mais remotas, como na Idade Média (entre 476 d.C. e 1453 d.C.) e em culturas diferentes, como no Japão, Índia e China”, de acordo com o que disse Míriam Costa Manso, professora do curso de Design de Moda da UFG (Universidade Federal de Goiás).
 A discrição nem sempre foi sinônimo de bom gosto na moda, tanto que a noiva romana, por exemplo, podia usar um véu vermelho escuro, quase em tom de vinho, sobre uma túnica amarela cor de açafrão. Na Grécia antiga, as mulheres usavam cores escuras, inclusive estampados.

Já o preto predominou na alta Renascença (século XVI), entrando no período barroco (século XVII), diz Míriam, que ensina história da moda. Foi a época em que a Espanha ganhou primazia nos costumes europeus, e a cor mais propícia para se apresentar em uma sociedade extremamente religiosa, inclusive para as noivas, era o preto. Esqueça o bom e velho preto básico, pois as vestimentas eram pesadas e luxuosas.
Sobre a origem do vestido branco, não há consenso. Registros indicam que a rainha Mary Stuart, da Escócia, foi pioneira e aderiu ao branco no século XVI. Uma das explicações para a escolha foi que Mary Stuart fez uma homenagem à família Guise, de sua mãe, que tinha a cor branca no brasão.

Outro relato é sobre o casamento da rainha Maria de Médici, da França, no século XVII. Natural da Itália, Maria usou uma vestimenta branca, com detalhes dourados e com decote quadrado, causando rebuliço na corte francesa. Diz-se que, apesar de ser de tradição católica, ela se rebelou contra a estética religiosa que indicava o uso de cores escuras, geralmente preto, e vestidos fechados até o pescoço. Michelangelo atribuiu o branco do vestido de Maria de Médici à pureza da moça, que tinha apenas 14 anos.

Mas o amor romântico faz com que muitos atribuam a origem do vestido de noiva branco à rainha Vitória, da Inglaterra, no século XIX. Isso porque ela foi uma das primeiras nobres a se casar por amor e em um esplendoroso traje, com vestido e véu brancos e sem coroa, o que também foi inédito.
Por ser uma rainha, foi ela quem pediu o marido, o príncipe Albert, em casamento. 
Depois que o marido morreu, a rainha Vitória só usou preto, por isso se associa a época vitoriana a essa cor.






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Sandra Mora